Engenharia Reversa

Engenharia reversa é um método que envolve o estudo e a análise de um produto para determinar como ele foi projetado e produzido. Este método pode ser aplicado aos mais variados setores, tais como informática, engenharia mecânica e eletrônica, ciência da computação, biologia, química e farmacologia.

Mais do que apenas saber o que é engenharia reversa, precisamos também saber em quais situações poderíamos aplicar este trabalho. Em projetos, podemos indicar várias situações em que a engenharia reversa pode ser aplicada. Por exemplo:

• Para atualizar um projeto antigo que esteja apenas no desenho 2D, ou sem nenhuma informação;

• Para ajustes adicionais em um projeto existente;

• Em tomadas de decisões através de um modelo já com todas as deformações de montagem e tolerância;

• Como modelo para uso em after marketing;

• Para atualizar ferramentais sem projeto, mesmo existindo um modelo CAD do produto atualizado, uma vez que as modificações precisarão considerar o produto, a contração, os ajustes já realizados no ferramental, etc.

 O objetivo principal da engenharia reversa é replicar ou melhorar um produto, processo ou sistema existente. Este método não se limita à análise de produtos, ela também se aplica à análise de processos, tais como análise de protocolos de comunicação, análise de protocolos de segurança, análise de arquitetura de sistemas, análise de código fonte, entre outros.

A engenharia reversa pode fornecer informações valiosas sobre como um produto foi projetado, como ele funciona e como pode ser melhorado. Esta disciplina pode ser usada para melhorar a eficiência, reduzir custos e aperfeiçoar a qualidade de um produto. Além disso, ela pode fornecer informações sobre como uma empresa pode melhorar o desempenho de seus sistemas e processos.

O Escaneamento 3D é uma das mais avançadas técnicas de engenharia reversa, que envolve a digitalização de peças em três dimensões. Com ele, é possível criar modelos tridimensionais precisos das peças, que podem ser usados para análise, prototipagem, fabricação, inspeção e até mesmo para a criação de documentação técnica.

Esse serviço de engenharia reversa envolve a captura de dados tridimensionais de um objeto físico através de um escâner 3D. O escâner emite luz em um objeto, que é refletida de volta para o escâner, permitindo que ele crie um modelo 3D.

Os dados obtidos podem ser usados para criar um modelo CAD preciso, que pode ser usado para a fabricação de novas peças, para prototipagem, inspeção, análise, documentação técnica e projetos de ferramental. Esse serviço de escaneamento 3D é uma ótima alternativa para empresas que precisam de um serviço de engenharia reversa rápido e preciso.

Com ele, é possível criar modelos 3D precisos de peças. A digitalização 3D oferece uma solução de baixo custo para empresas que buscam aprimorar seus processos de produção e melhorar sua qualidade.

Também existe uma aplicação da engenharia reversa que volta sua atenção para dentro da empresa. Para garantir o controle da qualidade, a técnica pode ser usada para identificar a origem de erros e defeitos da produção.

Fazendo o caminho inverso, o profissional consegue reconhecer mais rapidamente as possíveis causas para as falhas detectadas.

Alguns produtos acabam por sair de linha e seu fabricante original pode não dispor mais de determinado componente do produto à venda, o que significa que a única maneira de fazê-lo é a engenharia reversa, em seguida, projetá-lo para produção.

Isso também se aplica quando a peça original é vendida a preços muitos altos, ou sua logística é difícil, nesse caso sua fabricação local se torna uma melhor opção. Este é o caso nas Cervejarias do grupo Heineken que passaram a internalizar a fabricação de diversas peças com impressão 3D, através da engenharia reversa.

É evidente que a Engenharia Reversa também tem sido aplicada para a fabricação de cópias de produtos. No entanto, a utilização desta técnica em um objeto patenteado, acaba por infringir a referida patente. Neste sentido, se apenas uma parte do componente é patenteado ou o item não possui patente, a duplicação é um meio lícito.

Para ferramentas que envolvem a criação de um projeto ou documento, a engenharia reversa originalmente oferecia alternativas convencionais para medição e testes de usabilidade.

O bom e velho paquímetro, assim como a régua, são ferramentas tradicionais de medição usadas até hoje para engenharia reversa, dependendo do nível de complexidade da peça. Hoje, muitos engenheiros usam tecnologias de digitalização 3D para fazer as medições necessárias para engenharia reversa. Com scanners tridimensionais, os engenheiros podem obter leituras precisas das especificações do produto e ter essas informações registradas automaticamente em seus bancos de dados.

As tecnologias de digitalização 3D incluem máquinas de medição por coordenadas (CMM), scanners industriais de tomografia computadorizada (CT), scanners a laser e digitalizadores de luz estruturados.

A reprodução em 3D adquirida através de um scanner, pode ser integrada com software CAD, facilitando a re-projeção das peças e tornando o processo mais ágil e preciso.

Com a engenharia reversa, profissionais de diversas áreas têm uma ferramenta importante de aprendizagem e estudo da concorrência. Bastante utilizada dentro do contexto industrial, a metodologia permite entender os mecanismos que estão por trás do funcionamento de um objeto.

Assim, é possível garantir a competitividade da marca, promover um estudo da concorrência e até solucionar problemas recorrentes.